PP e União Brasil vão oficializar federação na próxima terça-feira

Nova federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil será oficializada na próxima terça-feira (29), após meses de articulações e disputa interna pelo controle do novo bloco. O acordo prevê rodízio na presidência entre os dois partidos, com início sob o comando de Antonio Rueda (União Brasil), seguido por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.

Tereza Cristina e Rose Modesto são as principais lideranças das siglas em MS

Conforme Rose, o União Brasil possui maior número de integrantes no Congresso e deve ficar com o comando nacional da federação.

Já em Mato Grosso do Sul, o comando ficará a cargo da senadora Tereza Cristina, que detém o ‘maior’ cargo.

Outro ponto importante da federação é referente aos apoios para cargos majoritários. Nesse sentido, já há um consenso entre as legendas em MS em torno da reeleição do governador Eduardo Riedel, que está no PSDB, que também irá federar, com o Podemos.

Rose é pré-candidata a uma vaga no Congresso Nacional e adiantou que há possibilidade de que 5 das 9 vagas da chapa fiquem com o PP, mas a questão ainda será definida.

Em relação ao Senado, a líder do União em MS adiantou que há conversas sobre um nome, mas que também será avaliado.

Em Mato Grosso do Sul, a aliança une duas figuras de peso no cenário político local: a senadora Tereza Cristina, pelo PP, e a ex-deputada federal Rose Modesto, que representa o União Brasil no Estado. A composição local reforça a presença da federação em uma das regiões-chave do país para as eleições de 2026.

A federação nasce como a maior força da Câmara dos Deputados, com 107 parlamentares, e a terceira maior do Senado, com 13 membros. O bloco reunirá os maiores fundos partidário e eleitoral, além de ocupar tempo de destaque na propaganda política de rádio e televisão.

Segundo bastidores, a aliança foi costurada ainda em 2022, como reação ao retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. A expectativa é que o grupo atue como linha de frente da oposição, com candidatura própria à Presidência da República nas próximas eleições.

O comando da nova federação chegou a ser disputado diretamente entre Antonio de Rueda e Arthur Lira. A solução do impasse foi selada com apoio do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, e prevê que Rueda lidere o bloco pelos primeiros quatro meses, antes da transição para Lira.

Por lei, partidos que formam federação devem atuar de forma unificada nas eleições e no Congresso por ao menos quatro anos. Isso significa candidaturas conjuntas a cargos como presidente, governador e prefeito, o que pode redefinir alianças e composições políticas em todo o país, inclusive em Mato Grosso do Sul.

Com nomes como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), cotado como pré-candidato à presidência, a federação reforça o movimento de consolidação de uma oposição organizada e com musculatura eleitoral.

 

 

 

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